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Segurança Neonatal e Pediátrica: Um compromisso com o futuro da saúde

Em 2025, a Organização Mundial da Saúde (OMS) destacou um tema vital e sensível para o Dia Mundial da Segurança do Paciente: "Cuidados seguros para cada recém-nascido e cada criança".

O foco é mobilizar profissionais, instituições e gestores da saúde para a prevenção de danos evitáveis nessa faixa etária tão vulnerável.

Mensagem-chave da OMS para 2025: “Nenhuma criança deve ser prejudicada por buscar ou receber cuidados de saúde.”

 

Por que falar sobre segurança neonatal e pediátrica?


Crianças, especialmente recém-nascidos e lactentes, apresentam características que os tornam mais suscetíveis a riscos no ambiente hospitalar:

  • Sistema imunológico ainda em desenvolvimento.

  • Dificuldade de comunicação de sintomas.

  • Peso e metabolismo que exigem doses e cuidados diferenciados.

  • Alta dependência de terceiros para higiene, alimentação e movimentação.

Erros em dosagem de medicamentos, falhas na identificação, quedas, infecções associadas ao cuidado de saúde (IRAS), além de falhas na comunicação entre profissionais e família, são causas recorrentes de eventos adversos que poderiam ser evitados com protocolos e cultura de segurança bem implementados.


Dados e realidades preocupantes

De acordo com a OMS:

  • 6 a 10% dos pacientes hospitalizados em países de baixa e média renda sofrem eventos adversos e até 50% deles são evitáveis.

  • Em neonatologia, um erro de dosagem pode representar múltiplas vezes o limite terapêutico com risco elevado de toxicidade.

  • Estudos publicados no British Medical Journal indicam que as taxas de eventos adversos em UTIs Neonatais chegam a 74 por 100 internações, sendo que a maioria envolve erros de medicação, infecção e falhas no manuseio de dispositivos invasivos.


Cases reais que impulsionam mudanças


  • Hospital de Clínicas de Porto Alegre (RS)

Após a implantação de um programa de identificação segura em sua UTI neonatal, houve uma redução de 35% nos erros de administração medicamentosa, associada à capacitação de equipes e uso de pulseiras com duplo código de barras.

  • Hospital Infantil Sabará (SP)

Implementou um plano robusto de segurança com foco em comunicação com pais e uso de checklists padronizados. O resultado foi a redução de 48% nas falhas de comunicação entre turnos e maior engajamento familiar nos cuidados.


Ações recomendadas para fortalecer a segurança neonatal e pediátrica


  1. Identificação Segura do Paciente

    • Pulseiras duplas (uma reserva).

    • Conferência obrigatória com dois identificadores (nome e data de nascimento).

  2. Medicação Segura

    • Protocolos de dupla checagem.

    • Farmácia clínica ativa.

    • Uso de calculadoras de dosagem pediátrica integradas aos sistemas eletrônicos.

  3. Prevenção de Infecções

    • Higienização rigorosa das mãos.

    • Cuidados com cateteres e sondas.

    • Rondas de segurança e auditorias sistemáticas.

  4. Ambiente Físico e Transporte

    • Evitar que mães e bebês transitem sozinhos.

    • Adequar os equipamentos ao porte físico da criança.

    • Evitar escadas, pisos molhados e áreas de risco.

  5. Comunicação com pais e responsáveis

    • Informar, escutar e acolher.

    • Compartilhar planos de cuidados e mudanças no estado de saúde.

    • Capacitar familiares para participação segura.

  6. Notificação e Aprendizado com Eventos Adversos

    • Cultura justa e não punitiva.

    • Sistemas de registro e análise de incidentes.

    • Planos de ação com aprendizado contínuo.


O papel da alta gestão: do discurso à prática

A construção de um ambiente seguro para o cuidado pediátrico começa no topo.

Lideranças institucionais que priorizam segurança como valor estratégico, destinam recursos, engajam as equipes e incluem indicadores pediátricos no painel institucional, conseguem mudar realidades de forma consistente.


Cuidar de crianças é cuidar do futuro.

Investir na segurança do paciente pediátrico é um ato de responsabilidade ética, legal e humanitária. É garantir que cada recém-nascido, cada criança internada, tenha não apenas acesso ao cuidado, mas à dignidade de ser protegido durante ele.

A escolha do tema "Cuidados seguros para cada recém-nascido e cada criança" para o Dia Mundial da Segurança do Paciente 2025 pela Organização Mundial da Saúde (OMS) foi motivada por dados alarmantes e urgência de ação global em relação à vulnerabilidade de pacientes pediátricos e neonatais.


Principais motivos do tema para 2025


1. Vulnerabilidade biológica e clínica

Recém-nascidos e crianças possuem sistemas imunológicos imaturos, maior sensibilidade a erros de medicação e riscos elevados frente a infecções, intervenções invasivas e falhas na comunicação clínica. Pequenos desvios nesses cuidados podem ter consequências muito graves.


2. Alta taxa de eventos adversos evitáveis

Estudos globais mostram que:

  • Até 50% dos eventos adversos em cuidados pediátricos e neonatais são evitáveis.

  • Em UTIs neonatais, a taxa pode ultrapassar 70 eventos adversos por 100 internações, com predominância de erros de medicação, infecções e problemas na manipulação de equipamentos.


3. Desigualdade no acesso à segurança

Em muitos países, inclusive de renda média como o Brasil, faltam:

  • Protocolos específicos para crianças.

  • Treinamento de equipes em segurança pediátrica.

  • Equipamentos adequados ao porte físico e às necessidades das crianças.

  • Políticas de participação ativa da família nos cuidados.


4. Compromisso com os objetivos de desenvolvimento sustentável (ODS)

A segurança do paciente infantil está diretamente ligada à saúde e bem-estar, que visa assegurar uma vida saudável e promover o bem-estar para todos, em todas as idades. A escolha do tema fortalece a agenda global de proteção da infância, essencial para sociedades mais justas e sustentáveis.


5. Mobilização de ações concretas e integradas

Ao selecionar este tema, a OMS incentiva países, instituições e profissionais a:

  • Criar estratégias de mitigação de riscos.

  • Engajar as famílias nos cuidados.

  • Adaptar os sistemas de saúde para as necessidades pediátricas.

  • Incluir a voz da criança e da família nas decisões clínicas.


Com a CQ Consultoria, a segurança neonatal e pediátrica deixa de ser apenas uma meta e se torna uma prática consolidada, porque cuidar do início da vida é garantir o futuro da saúde com responsabilidade, estratégia e resultados.


"A CQ Consultoria atua onde o cuidado começa." - Cátia Albuquerque


Fontes:

Organização Mundial da Saúde (OMS)

British Medical Journal (BMJ) – Pediatric adverse events studies

IBSP – Instituto Brasileiro para Segurança do Paciente

Proqualis/Fiocruz

Estudos de caso adaptados dos sites institucionais dos hospitais mencionados




 

 
 
 

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