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Quanto custa a Não Qualidade?

Atualizado: 22 de ago.

Medir o custo da Não Qualidade (CNQ) em uma instituição, especialmente em uma instituição de saúde, é crucial para entender o impacto financeiro das falhas e ineficiências nos processos.


O CNQ refere-se ao custo associado a defeitos, retrabalhos, desperdícios, erros, eventos adversos e outras falhas que ocorrem por falta de qualidade.


Contribuintes do Custo da Não Qualidade:


  1. Custos de Falhas Internas:


    • Retrabalho: Custos associados à correção de erros antes que o serviço/assistência ou produto seja entregue ao cliente/paciente.

    • Sucateamento: Custos de materiais, insumos, tecnologias ou produtos descartados por não atenderem aos padrões de qualidade.

    • Atrasos: Custos associados ao tempo perdido devido a falhas ou ineficiências nos processos.


  2. Custos de Falhas Externas:


    • Reclamações/Insatisfações: Custos relacionados ao tratamento de reclamações de pacientes ou clientes.

    • Retrabalhos pós-entrega: Custos de correção de erros após a entrega do serviço ou produto. Reabordagens, readmissões, reinternações, reagendamentos, reexposições, utilização de novos materiais/insumos, entre outros.

    • Litígios: Custos legais decorrentes de ações judiciais por falhas e eventos na qualidade.


  3. Investimentos de Prevenção:


    • Treinamento e Capacitação: Investimentos para melhorar as habilidades dos profissionais, visando prevenir erros.

    • Auditorias e Inspeções: Investimentos associados à verificação dos processos para garantir a conformidade com os padrões de qualidade e não precisar corrigir e sim prevenir.


  4. Investimentos de Avaliação:


    • Testes e Inspeções: Investimentos em procedimentos para identificar defeitos, falhas, gaps e garantir a qualidade dos produtos ou serviços antes da entrega, como utilizar ferramentas de gestão de riscos e barreiras eficazes.

    • Revisão de Processos: Investimentos para revisar e melhorar os processos internos, trazendo segurança, satisfação e eficácia.


Passos para Medir o Custo da Não Qualidade:


  1. Identificação das Falhas: Documentar e categorizar todas as falhas, erros e ineficiências que ocorrem na instituição.


  2. Cálculo dos Custos: Associar um valor monetário a cada tipo de falha, considerando tanto os custos diretos (materiais, tempo, mão de obra) quanto os custos indiretos (perda de reputação, insatisfação do cliente).

    Exemplos:

    - Quando ligamos para um paciente para nos desculpar e tomar as devidas ações necessárias. Os custos com o telefonema e com essas ações devem ser monetarizados como Não Qualidade.

    - O setor comercial precisa almoçar com o cliente médico para resolver alguma falha de comunicação, de resultado ou de ação/fluxo. O custo com esse almoço deve ser monetarizado como Não Qualidade.


  3. Monitoramento Contínuo: Estabelecer um sistema para monitorar e registrar constantemente os custos relacionados à Não Qualidade.


  4. Análise de Dados: Analisar os dados coletados para identificar áreas críticas e causas raízes que necessitam de melhoria. Levar muito a sério os dados e resultados.


  5. Relatórios Regulares: Produzir relatórios regulares, objetivos e claros para comunicar os custos da não qualidade à alta gestão e propor ações corretivas.


Benefícios de Medir o Custo da Não Qualidade:


  • Melhoria Contínua: Identificar oportunidades para melhorar processos e reduzir custos antes mesmo que eles aconteçam. Tornando o custo muito menor.


  • Tomada de Decisão Informada: Fornecer informações essenciais para a alocação de recursos em áreas que necessitam de atenção. Conhecer o processo faz parte da Qualidade e diminui a Não Qualidade.


  • Aumento da Eficiência: Reduzir desperdícios em valores e tempo e ainda aumentar a produtividade da instituição.


  • Melhoria na Satisfação do Paciente: Ao reduzir falhas, a satisfação dos pacientes tende a aumentar, impactando positivamente a reputação da instituição.


Esses passos podem ajudar a instituição a ter um controle mais efetivo sobre os custos e a qualidade, promovendo um ambiente de trabalho mais eficiente e seguro.


Para demonstrar o custo da Não Qualidade é preciso dividir os gastos citados acima pelos custos totais da instituição (fixos e pontuaiss), num mesmo período e desta forma levantar o índice de desperdícios com a Não Qualidade e entender a falta de recursos para investimentos na Qualidade.




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