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Medidas humanizadas, embasadas e simples que impactam na redução de infecção em lares de idosos

O envelhecimento da população é a mais importante mudança demográfica no mundo. A Organização Mundial da Saúde (OMS) propõe 60 anos ou mais como idade em estudos da população idosa.


A cultura da segurança do paciente deve ser implementada em todas as linhas de cuidados da saúde, contemplando também as casas de repouso ou lares de idosos.


Essas organizações recebem, cuidam e prestam assistência a uma população que, devido ao avanço da idade, é naturalmente mais frágil e vulnerável.


Os idosos possuem grau elevado de risco de infecções, o que pode levar a hospitalizações relacionadas a essas infecções.


De acordo com o IBSP (Instituto Brasileiro de Segurança do Paciente), nos Estados Unidos, estima-se que ocorram, nesses estabelecimentos, de 1,6 a 3,8 milhões de infecções associadas aos cuidados de saúde anualmente. Esses dados levam a cerca de 150 mil internações hospitalares e até 380 mil mortes por ano e mo Brasil não temos, até o momento, essa estimativa para análise, porém sabe-se que temos uma população de mais de 20 milhões de idosos e, segundo dados do Governo Federal, 1.965 instituições de longa permanência para idosos habilitadas em todo o território nacional. 


Os idosos apresentam diversos eventos que os predispõem à infecção, condição que aumenta a morbidade e mortalidade. O processo infeccioso é uma das mais freqüentes causas de hospitalização e de morte nesses pacientes.


Seguem algumas rotinas simples que impactam positivamente nos cuidados dos idosos:


  1. Higiene Pessoal Adequada: Incentivar uma boa higiene pessoal, incluindo lavagem regular das mãos e corpo, com um banho correto, se atentando as lesões de pele, pode ajudar a prevenir a propagação de germes e bactérias.

  2. Limpeza Regular do Ambiente: Manter o ambiente do banheiro limpo e desinfetado é crucial. Isso inclui a limpeza de superfícies, como maçanetas, interruptores de luz e barras de apoio.

  3. Uso de Produtos Antissépticos: Utilizar produtos de higiene pessoal com propriedades antissépticas pode ajudar a reduzir o risco de infecções.

  4. Troca Frequente de Toalhas e Roupas de Cama: Roupas de cama e toalhas devem ser trocadas regularmente para evitar a acumulação de bactérias e fungos.

  5. Promoção do Uso Individual de Itens de Banho: Incentivar o uso individual de itens de banho, como esponjas e toalhas, pode ajudar a evitar a propagação de microrganismos entre os residentes.

  6. Monitoramento da Temperatura da Água: Verificar regularmente a temperatura da água do banho pode prevenir queimaduras e garantir que esteja adequada para os idosos.

  7. Treinamento e Conscientização: Fornecer treinamento adequado para os cuidadores sobre práticas de higiene e a importância das medidas preventivas pode ser fundamental.

  8. Promoção da Vacinação: Incentivar a vacinação contra doenças infecciosas, como a gripe, pode ser uma medida adicional para proteger os idosos.

  9. Higiene e cuidados com a alimentação: Lavar bem os alimentos, acondicionar adequadamente os alimentos na geladeira ou dispensa, lavar as mãos com água e sabão, antes de manusear qualquer alimento, assegurar a temperatura adequada antes do consumo.

  10. Comorbidade: Analisar, acompanhar e cuidar preventivamente dos idosos com maiores chances de desenvolver infecção por terem determinadas comorbidades.

Algumas premissas fazem a diferença para que os idosos sigam ou aceitem as rotinas citadas acima:

  1. Respeito com os idosos: Entender e sensibilizar-se com a diferença de idade, a distância dos familiares e amigos, as dores, os medos, os gostos, as manias.

  2. Respeito entre os profissionais: Demonstrar tranquilidade, respeito, segurança e disciplina entre os profissionais, faz com que os idosos percebam e confiem no ambiente e nas orientações.

  3. Educação continuada: Garantir treinamentos para sensibilização, práticas e engajamento de controle de infecção e acolhimento humanizado por toda a equipe de profissioanais envolvidos.

  4. Protocolos: Seguir protocolos clinicos, assistenciais e de boas práticas embasados cientificamente.

  5. Cuidados com a espiritualidade: Compreender o significado atribuído à vivência da espiritualidade diante das situações vividas pelos idosos residentes em uma casa de repouso ou lar de idosos, reconhecendo o cuidado com os aspectos espirituais enquanto necessidade fundamental para essa etapa da vida.

  6. Cuidar da solidão: Entender, cuidar, brincar, distrair, entreter, irá contribuir para que o idoso se sinta mais feliz e com isso cumpra com as suas obrigações e siga com as orientações para mitigar a chance de infecção e hospitalização.


Ao implementar essas medidas, é possível criar um ambiente mais seguro, humanizado e saudável nos lares de idosos, reduzindo assim o risco de hospitalizações relacionadas a infecções e cumprir com a missão do profissional de saúde em relação aos idosos:


"Proporcionar cuidados abrangentes e personalizados, visando a promoção da saúde, prevenção de doenças, tratamento de condições médicas e a melhoria da qualidade de vida nessa fase da vida."


Fonte:s





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