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01 em cada 10 pacientes sofrem danos hospitalares

01 em cada 10 pacientes sofre dano hospitalar e 70% dos eventos não são comunicados e isso representa, a cada ano, 134 milhões de eventos adversos em hospitais de países de baixa e média renda devido a cuidados em saúde inseguros, resultando em 2,6 milhões de mortes, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).


Um tema muito importante é a Literacia para a Saúde (LS), que é a capacidade das pessoas de obter e compreender informações básicas sobre saúde para tomar decisões adequadas. Envolve não apenas a compreensão de informações médicas e de saúde, mas também a capacidade de utilizar essas informações para tomar decisões informadas sobre cuidados de saúde, prevenção de doenças e promoção do bem estar.

Uma boa literacia para a saúde é crucial para uma sociedade saudável, pois permite que as pessoas entendam melhor as informações relacionadas à saúde, como instruções de medicamentos, orientações de dieta e exercício, e até mesmo os riscos e benefícios de diferentes procedimentos médicos. Pessoas com alta literacia em saúde tendem a ter melhores resultados de saúde, pois são capazes de tomar decisões mais informadas e participar ativamente em sua própria saúde.


É essencial que os profissionais da saúde colaborem para o aumento da LS na sua instituição. Deve ser aderida a Política de Comunicação Efetiva e se atentar para o uso de jargões ou palavras técnicas com os pacientes e seus familiares. Devem ser passadas com muita paciência e numa linguagem clara e acessível. O profissional tem que ter certeza que a comunicação foi entendida.


"Comunicar de forma efetiva, não é o que dizemos e sim o que o receptor entende." Cátia Albuquerque.


Outro tema importante é o Disclosure*, já muito utilizado em outros países, é um elemento chave da resposta precoce e da investigação de incidentes de segurança do paciente. Eventos adversos podem acontecer durante um procedimento ou um tratamento e não devem ser omitidos de forma alguma. Os pacientes e familiares têm o direito à informação, acesso ao prontuário, à reparação e à confidencialidade das informações pessoais A implementação da cultura de disclosure é a promoção da qualidade e a segurança do paciente.


O objetivo dessa “revelação ou disclosure” é permitir que o paciente saiba, honestamente, o que houve, quais as medidas tomadas para minimizar o dano e o que será feito para que esse erro não se repita.


A resistência em revelar falhas acontece pela junção cultural entre erro e fracasso. Na verdade, errar é humano e pode afetar até mesmo profissionais bem preparados. Ambientes desorganizados e estressantes podem aumentar sua incidência.


O medo de represálias ou processos judiciais são as principais razões para a não realização do disclosure. Entretanto, ao não assumir os erros no cuidado à saúde, perde-se a oportunidade de investigar e combater suas causas, evitando que a reincidência


Na mesma medida em que vamos cuidando para prevenir os erros, eles estão crescendo em criticidade.


A adoção de condutas não punitivas e a revelação dos erros têm um papel chave na segurança do paciente. Instituições com uma cultura de segurança madura devem possuir uma política de disclosure bem definida.


A Organização Mundial de Saúde (OMS) prioriza dois desafios globais na área de Segurança do Paciente: reduzir a infecção associada ao cuidado em saúde por meio de campanhas de higienização das mãos e promover a cirurgia mais segura, além das metas internacionais para que o paciente não sofra algum tipo de dano que poderia ser evitado através de estratégias de prevenção.


No Brasil, as metas para Segurança do Paciente, baseadas nas metas internacionais da OMS, são coordenadas pelo Programa Nacional de Segurança do Paciente do Ministério da Saúde, criado em 2013.


A estratégia através da educação é primordial, quando destaca-se a falha na comunicação sendo o motivador por riscos comuns em eventos adversos. Se as informações não são claras e completas, o paciente fica com a sensação de que falta transparência, gerando desconfiança no paciente e nos familiares.

E para reduzir os erros humanos, você precisa garantir que, em todas as ocasiões, os pacientes sejam conectados ao tratamento correto e na hora certa.


Quatro a cada dez pacientes são prejudicados durante o atendimento na atenção primária e ambulatorial. Os erros mais prejudiciais estão relacionados ao diagnóstico, prescrição e uso de medicamentos. Os erros de medicação custam sozinhos cerca de US$ 42 bilhões por ano. Procedimentos de cuidados cirúrgicos não seguros causam complicações em até 25% dos pacientes, resultando anualmente em 1 milhão de mortes durante ou imediatamente após a cirurgia.


A OMS pede há anos, ações urgentes de países e parceiros para reduzir essas ocorrências. A segurança do paciente e a qualidade do atendimento são essenciais para a prestação de serviços de saúde eficazes e a obtenção da saúde universal.





*Disclosure se relaciona à obrigação de revelar informações importantes, seja por parte de instituições, indivíduos ou entidades governamentais. Essas divulgações são frequentemente exigidas por lei ou regulamentos, visando garantir a transparência e a integridade em diferentes áreas.


Fontes:

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