Quando começou o Julho Amarelo e o que significa?
- Cátia Albuquerque
- 1 de jul. de 2024
- 2 min de leitura
Atualizado: 8 de jul. de 2024
Julho Amarelo é uma campanha de conscientização e prevenção das hepatites virais, que são inflamações no fígado causadas por diferentes vírus. A importância dessa campanha está em vários pontos:
Conscientização: Informar a população sobre os riscos, modos de transmissão e prevenção das hepatites virais.
Prevenção: Incentivar a vacinação contra a hepatite B, práticas seguras de higiene e evitar comportamentos de risco como compartilhamento de agulhas e objetos cortantes.
Diagnóstico Precoce: Promover a realização de testes para a detecção precoce das hepatites, especialmente as B e C, que podem se tornar crônicas e levar a complicações graves, como cirrose e câncer de fígado.
Tratamento: Divulgar informações sobre os tratamentos disponíveis e facilitar o acesso aos mesmos, reduzindo a morbidade e mortalidade associada às hepatites.
Redução do Estigma: Combater o preconceito e a discriminação contra pessoas infectadas, incentivando um ambiente de apoio e inclusão.
Ao promover essas ações, o Julho Amarelo contribui significativamente para a saúde pública, ajudando a diminuir a incidência das hepatites virais e suas consequências a longo praz
Esta campanha foi criada no Brasil pela Lei nº 13.802/2019 com o obejtivo de sensibilizar e fortalecer as ações de vigilância, prevenção e controle da doença.
As hepatites virais são um grave problema de saúde pública no Brasil e no mundo. São infecções que atingem o fígado, causando alterações leves, moderadas ou graves.
A doença pode ser causada por vírus ou pelo uso de alguns medicamentos, álcool e outras drogas, assim como por doenças autoimunes, metabólicas ou genéticas.
No Brasil, as hepatites virais mais comuns são causadas pelos vírus A, B e C. Existem ainda, com menor frequência, o vírus da hepatite D (mais comum na região Norte do país) e o vírus da hepatite E, que é menos comum no Brasil, sendo encontrado com maior facilidade na África e na Ásia.
A falta do conhecimento da existência da doença é o grande desafio, por isso, a recomendação é que todas as pessoas com mais de 45 anos de idade façam o teste.
O impacto dessas infecções acarreta aproximadamente 1,4 milhões de mortes anualmente no mundo, seja por infecção aguda, câncer hepático ou cirrose associada às hepatites. A taxa de mortalidade da hepatite C, por exemplo, pode ser comparada às do HIV e tuberculose.
Atualmente, existem testes rápidos para a detecção da infecção pelos vírus B ou C, que estão disponíveis no SUS para toda a população. Todas as pessoas precisam ser testadas pelo menos uma vez na vida para esses tipos de hepatite. Populações mais vulneráveis precisam ser testadas periodicamente.
Além disso, ainda que a hepatite B não tenha cura, a vacina contra essa infecção é ofertada de maneira universal e gratuita no SUS, nas Unidades Básicas de Saúde.
Já a hepatite C não dispõe de uma vacina que confira proteção. Contudo, há medicamentos que permitem sua cura.
Fontes:
OMS - Organização Mundial de Saúde

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