Quando você une empatia e atendimento humanizado, o paciente tem mais chances de apresentar melhoras mais rápidas, pois o seu psicológico não foi abalado durante o tratamento.
O atendimento humanizado é um dos pilares que definem o conceito de saúde. Toda a linha do cuidado, ou seja, todo o trajeto que o paciente irá fazer num hospital, clinica ou laboratório, necessita da atenção de todos os envolvidos.
Segundo a OMS, a saúde significa “um estado de completo bem estar físico, mental e social e não somente ausência de afeções e enfermidades”. Ou seja, o bem estar físico do paciente deve estar alinhado ao bem estar mental para uma saúde completa.
Atendimento humanizado não é atender o paciente o chamando de "tiozinho", "senhorinha" ou "querida" e sim pelo nome completo e com a confirmação da data de nascimento, por exemplo e dessa maneira evidenciar padrão, organização e segurança. Atendimento humanizado é garantir que o bebê irá nascer na temperatura ambiente ideal para que o binômio (mamãe e recém nascido) não corram o risco de ter hipotermia. Atendimento humanizado é proceder da forma correta os exames de análises clínicas ou de imagem para que o paciente não seja reconcovado. Atendimento humanizado é se importar com as individualidades, crenças, gêneros e necessidades de cada paciente. Atendimento humanizado é explicar para o paciente e familiar/acompanhante o porquê que ele precisa permanecer em jejum antes do procedimento ou cirurgia. Portanto o atendimento humanizado deve ser padronizado, validado e disseminado e não se resume apenas na simpatia, capacidade técnica e educação, mas contempla a empatia e segurança do paciente.
O atendimento humanizado pode ser identificado quando há:
ética profissional;
tratamento individualizado;
atendimento com empatia e atenção ao paciente e à sua família ou acompanhante;
interesse em ouvir o paciente e/ou familiar;
confiança, segurança e apoio no atendimento;
estrutura física do ambiente adequada às necessidades de cuidados e tratamento.
E quando o atendimento humanizado não pode ser identificado? Quando há:
atendimento muito rápido e superficial;
desconsideração das opiniões do paciente e/ou família/acompanhante;
desrespeito a crenças e valores pessoais;
falta de informações ou de esclarecimentos para eventuais dúvidas;
frieza e indiferença no trato com o paciente, sua família ou acompanhante;
infraestrutura precária ou inadequada em relação às condições de atendimento e higiene do ambiente;
O relacionamento mais próximo com o paciente é um aspecto essencial para um atendimento humanizado, já que em um momento delicado ajuda muito receber uma atenção adequada do profissional da saúde. Muitas vezes, só pelo fato de ser ouvida, a pessoa já se sente melhor. Com isso, o tratamento transcorre de maneira mais tranquila.
Há um estudo publicado pela Revista Brasileira de Enfermagem (REBEn), que apontou para a importância de unir as habilidades técnicas dos profissionais da saúde e a individualização do paciente ao tratamento humanizado. Segundo os resultados da análise, a qualidade no atendimento melhora quando esses conceitos são adotados.
O exercício deve ser constante para oferecer atendimento humanizado e garantir uma construção eficaz da cultura de desempenho que reforce os valores da instituição, o treinamento eficaz das equipes para construir a jornada do paciente e a implementação de padrões de qualidade focados na experiência completa do usuário no ambiente da saúde.
Ambiente agradável, recursos tecnológicos, infraestrutura completa. Todos estes itens impactam na humanização do atendimento na saúde. Mas, são os profissionais e o acolhimento que fazem a grande diferença para os resultados na saúde do paciente
O tema é tão importante, que desde 2003, o Ministério da Saúde estabeleceu o Programa Nacional de Humanização Hospitalar – PNH. O programa define novas diretrizes de atendimento para os hospitais públicos. Mas, na prática, também norteia o atendimento da assistência privada.
Entre os principais benefícios do cuidado humanizado está a relação de confiança estabelecida entre paciente e profissionais de saúde, com ganhos na adesão às propostas de tratamento e, portanto, mais eficácia no cuidado.
O foco do atendimento deve ser sempre o paciente. No entanto, é preciso acolher e envolver também a família. Ter um familiar ou amigo doente traz insegurança e preocupações. Uma comunicação empática e eficiente para tirar dúvidas transmite segurança e conforto para todos.
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