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MAIO - MÊS DA ENFERMAGEM

Atualizado: 3 de mai.

Maio é o mês que representa a Enfermagem em todo o mundo. No dia 12 é celebrado o Dia Internacional da Enfermagem e no dia 20 o Dia do Auxiliar e do Técnico de Enfermagem.


A enfermagem é uma profissão que se desenvolveu através dos séculos vindo de uma cultura medieval que associava as doenças como castigo divino a uma trajetória de cura de maneira científica.


A enfermagem é essencial na qualidade da assistência ao paciente, promovendo sua recuperação em todos os âmbitos do cuidado. Além do bem estar físico, deve oferecer um atendimento humanizado através do diálogo, segurança e interação com o paciente.


Com o passar dos anos, muitas coisas mudaram na rotina do enfermeiro, como a sistematização da enfermagem, a tecnologia, trabalho de liderança, entre outros, porém, a essência do cuidar, da empatia, do olhar atencioso para o próximo é o mesmo de 100 anos atrás.


Ao longo da década de 1990 aumentaram as evidências sobre os problemas relacionados à prestação de cuidados de saúde inseguros e tornou-se pública a necessidade de se adotar medidas para garantir a segurança do paciente. A segurança do paciente tem se tornado um dos temas mais debatidos na área da saúde, afetando diretamente a qualidade da assistência prestada pela equipe de enfermagem.


A preocupação com a segurança nos serviços de saúde, embora possa parecer um tema jovem, já existe desde o século 19. A segunda obra de Florence Nightingale, "Notas sobre Hospitais", merece destaque pela objetividade de defender e reivindicar condições adequadas à posição da enfermagem no ambiente hospitalar e estratégias de prevenção de erros humanos no ambiente hospitalar.


Os profissionais de enfermagem são responsáveis por grande parte das ações assistenciais e, portanto, encontram-se em posição privilegiada para reduzir a possibilidade de incidentes que atingem o paciente, além de detectar as complicações precocemente e realizar as condutas necessárias para minimizar os danos.


Como dito acima, a década de 1990 foi responsável por uma revolução na maneira de entendermos, aceitarmos e tratarmos a segurança do paciente. As mudanças são irreversíveis e cada vez mais surgem modelos do cuidado centrado no paciente.


Não há mais espaço, nem recursos financeiros, para desperdícios e ineficácia na assistência. A segurança do paciente está se tornando um pilar essencial à sustentabilidade das empresas de saúde.


Essa mudança e seriedade quanto à segurança do paciente alterou o papel de cada uma das categorias profissionais envolvidas na assistência à saúde e com a enfermagem, uma das primeiras a abraçar essa causa, não é diferente.


É essencial refletir e debater sobre o papel da enfermagem na prestação do cuidado seguro ao paciente. Mas, por outro lado, é preciso destacar que todo profissional de saúde é passível de erros, ainda mais quando essa profissão envolve a realização de cuidados complexos, procedimentos invasivos e a permanência de horas a fio ao lado do paciente.

No que se refere ao trabalho de enfermagem, os erros mais comuns a ele relacionados acontecem na administração de medicamentos, na transferência de paciente, na troca de informações, na incidência de quedas e de lesões por pressão, nas falhas nos processos de identificação do paciente, na incidência de infecção relacionada aos cuidados de saúde, entre outros.


A premissa é de que os seres humanos cometem falhas, e que portanto, erros são esperados. Os erros são consequências, não causas. Embora não se possa mudar a condição humana, é possível atuar naquelas sobre as quais os seres humanos trabalham, criando barreiras no sistema. Para minimizar falhas humanas "ditas como esperadas", precisamos implantar essas barreiras seguras nos processos, definir responsabilidades, rotinas seguras e embasadas.


Os incidentes e falhas, na maioria das vezes, são resultados de rotinas inseguras, produtos ou serviços de baixa qualidade, fragilidades nos processos ou sistemas.


A assistência insegura é consequência de um encadeamento de fatores sistêmicos, os quais incluem as estratégias de uma organização, sua cultura, práticas de trabalho, abordagem de gestão da qualidade, da prospecção e análise de riscos e da capacidade de aprendizagem a partir dos erros.


Para minimizar esses riscos devemos:

1.Construir uma Cultura de Segurança

2.Liderar e apoiar os profissionais

3.Integrar atividades de gestão do risco

4.Promover um sistema de Relato de Incidentes

5.Envolver o paciente e o público (incluindo profissionais)

6.Aprender e compartilhar

7.Implementar soluções/mecanismos de segurança


Na atualidade, o cuidar assistencial está totalmete acompanhado do cuidar humaniza. Mas cuidar de forma humanizada não significa pular rotinas, fluxos, protocolos, entre outros. Não é só cuidar e sim cuidar de forma humanizada segura.


A CQ Consultoria aplaude em pé e agradece a equipe de enfermagem por fazer a diferença na saúde dos brasileiros e por ser a espinha dorsal das organizações de saúde.






Fontes:

Resolução –RDC Nº 36, de 25 de julho de 2013

https://www.segurancadopaciente.com.br/

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